Fachadas curvas
Vidro curvo
Flexibilidade de projeto sem comprometer o desempenho energético
O vidro curvo permite que os designers façam uma afirmação com novas construções ou modernizações que se destacam das bordas quadradas e superfícies planas que compõem a maioria das fachadas.
Ao criar um edifício, os arquitetos podem ser limitados pelos materiais de construção com os quais trabalham.
Felizmente, quando se trata de fachadas de vidro e, em especial, vidro curvo, essas restrições estão começando a diminuir. Nas últimas duas décadas, avanços foram feitos em termos de processos de produção e tipos de vidro, oferecendo raios mais apertados, larguras maiores e dimensões gerais maiores.
A criatividade do design pode ser libertada na forma de novas superfícies, contornos e formas, incluindo 3D cônico, esférico e de forma livre, enquanto cantos e bordas podem ser suavizados em curvas.
Curvar vidro: uma experiência técnica
O que permanece praticamente inalterado é a influência decisiva da experiência do fornecedor de vidro na produção; quando se trata de produzir vidro externo curvo, o controle do processo é tudo.
Embora fornos maiores tenham sido introduzidos para atender a aumentos na escala e as máquinas de dobra tenham sido aprimoradas, igualar o desempenho dos mais recentes envidraçamentos planos pode ser um desafio. Se dominados, as recompensas para arquitetos e usuários de edifícios são significativos.
"Para atender às mais recentes regulamentações de energia predial, é necessário usar tipos complexos de vidro revestidos, e esses revestimentos são mecânica e quimicamente sensíveis. Por isso é difícil curvá-los sem causar danos ou perdas em termos de rendimento. Isso significa que dobrar o vidro revestido arquitetônico moderno tornou-se uma especialização séria: nem todos são capazes de fazê-lo."
Tamás Kovács, gerente de serviços técnicos da Guardian Glass na Europa
Como o vidro curvo é feito: três possíveis processos
Flexão por gravidade
Uma placa de vidro é colocada sobre ou dentro de um molde curvo no qual ela gradualmente afunda por gravidade sozinha após ser aquecida a cerca de 600 °C (1100 °F).
1. O vidro plano é colocado no molde
2. O vidro é aquecido até cerca de 600 °C (1100 °F)
3. O vidro afunda por gravidade e assume a forma do molde
4. O vidro curvo esfria lentamente
Isso evita tanto a distorção em onda causada por roletes quanto a anisotropia e, embora o vidro temperado ou de segurança não possa ser usado, laminados podem ser adicionados para fornecer recursos de segurança. No entanto, ele continua sendo um processo demorado, e os revestimentos devem suportar um período de aquecimento mais longo.
Flexão tratada termicamente
Uma alternativa é dobrar o vidro durante o tratamento térmico em um forno, que tempera totalmente ou termoendurece o vidro ao mesmo tempo. O processo é semelhante ao processo de têmpera ou termoendurecimento, sendo a única diferença a presença de uma área flexível no forno de têmpera. Trata-se de um processo muito mais rápido do que a flexão por gravidade, mas aumenta o desafio representado por possíveis distorções ópticas, normalmente criadas durante os estágios de aquecimento ou arrefecimento/resfriamento rápido. Além disso, somente formas côncavas e cilíndricas podem ser produzidas quando determinados revestimentos são usados.
Flexão a frio
Unidades de vidro insulado (IGUs) podem ser dobradas a frio capturando-se mecanicamente um painel plano dentro de uma estrutura dobrada ou, em estreita coordenação com um fornecedor de selante de silicone estrutural, ligando-se estruturalmente o painel à face externa da estrutura.
Quando o painel plano é forçado para um estado fora do plano, as tensões resultantes diminuem a capacidade restante para resistir ao vento e a outras cargas de serviço. O vidro com tratamento térmico é comumente selecionado para aplicações curvadas a frio para ajudar a compensar essa redução. No entanto, a flexão a frio geralmente é utilizada apenas para geometrias levemente fora do plano, como aquelas com raios maiores que 3 metros (120 polegadas). Os fabricantes de vidros, selantes e molduras devem revisar e aprovar cada aplicação.
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Projetos de vidro curvo realizados em colaboração com a Guardian Glass
7 St. Thomas Toronto – Canadá: Uma mistura entre design vitoriano e contemporâneo
O desafio: harmonizar e misturar seis casas históricas tombadas com uma nova torre de seis andares acima.
A solução: a sinuosa torre de seis andares incorpora vidro curvo com baixo teor de ferro com um padrão branco para fluir acima dos edifícios tradicionais que compõem seu pódio, proporcionando um acompanhamento deslumbrante para as fachadas existentes.
Benefícios do vidro curvo: a fachada-cortina de vidro curvo, branco e transparente proporciona vistas desobstruídas para os ocupantes da nova adição, ao mesmo tempo em que faz uma afirmação em seu bairro de alto padrão.
Desempenho do vidro curvo: os revestimentos de alto desempenho ajudam a atender aos critérios de desempenho energético, enquanto a frita cerâmica reduz ainda mais o ganho de calor solar. O projeto foi construído de acordo com os padrões de certificação LEED Gold.
Créditos:
- Arquiteto: Hariri Pontarini Architects
- Aplicador: BVGlazing Systems
- Processador de vidro curvo: SBG – Vidro curvo padrão
- Saiba mais sobre o vidro usado
Elbphilharmonie Hamburg – Alemanha: Curvas complexas
O desafio: Criar uma sala de concertos acusticamente avançada, uma das maiores do mundo, com uma fachada que evolui de acordo com o clima e o ambiente, mas ainda proporciona a elegância necessária exigida pelo projeto.
A solução: técnicas 3D de última geração para moldar vidro curvo. Os painéis de vidro curvo são, em alguns casos, esculpidos para transformar uma fachada simples em um enorme cristal de quartzo.
Benefícios do vidro curvo: A fachada surpreendente muda conforme captura os reflexos do céu, da água e da cidade. Aberturas em forma de cofre oferecem vistas espetaculares e teatrais do Rio Elbe e do centro de Hamburgo.
Desempenho do vidro curvo: o revestimento de alto desempenho manteve sua funcionalidade durante o processo de modelagem 3D para atender ao desempenho energético e à estética necessários.
Créditos:
- Arquiteto: Herzog & de Meuron
- Aplicador: Josef Gartner GmbH
- Processador de vidro curvo: SunGlass Srl
- Saiba mais sobre o vidro usado
One Blackfriars Londres – Reino Unido – A fachada curva dupla
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O desafio:Criar um edifício inspirado no famoso vaso Lansetti II enquanto atende aos requisitos de proteção solar e isolamento térmico.
A curvatura deveria atender a medições muito precisas, enquanto o vidro tinha que fornecer cor limpa e alta transparência.
A solução: uma fachada de pele dupla permitiu que o arquiteto criasse uma bela forma escultural com desempenho funcional e arquitetônico.
Benefícios do vidro curvo:Mais de 5.000 painéis de curva simples e dupla e painéis cônicos em vidro com baixo teor de ferro permitiram a criação de um edifício sem linhas retas
Créditos:
- Arquiteto:SimpsonHaugh
- Desenvolvedores:St George
- Processador de vidro curvo:
- Saiba mais sobre o vidro usado
Mais opções de design sem comprometer o desempenho energético
O desenvolvimento do vidro revestido de alto desempenho ajudou a melhorar o controle solar, o isolamento térmico e as propriedades acústicas do vidro, mas até pouco tempo atrás, o problema era manter a qualidade estética e o desempenho energético do vidro revestido ao curvá-lo. Avanços recentes na tecnologia de revestimento de vidro agora permitem obter uma fachada curva complexa que ajuda a tornar um edifício mais eficiente em termos de energia e mais confortável para trabalhar ou viver.
